A ETERNIDADE
Tentando explicar sobre a amplitude da eternidade, alguém assim ilustrou: “Imagine uma pedra maciça do tamanho da terra, imagine que um passarinho viesse a cada 1000 anos afiar seu delicado bico nesta rocha, então, quando esta gigantesca pedra, devido ao atrito do bico do passarinho, se reduzir a um grão de areia, terá se passado um dia na eternidade”.
Se a eternidade tem toda esta inimaginável e intangível grandeza, por que não nos preparamos para ela? Por que vivemos tão intensamente somente para trabalhar, ganhar dinheiro, comer, beber e farrear? Lembremos que a nossa existência aqui é breve, muito breve, alguns pela sua robustez chegarão aos 70 ou 80 anos, porém, o que é isso diante da eternidade? Portanto, prepare-se para a eternidade, seja sábio e entregue a sua vida a Jesus Cristo, ande nos caminhos de Deus, viva para Ele, ame-O com todas as forças do seu coração, lembre-se que após a nossa morte só restará a eternidade, então, que maravilhoso será desfrutar deste tempo infinito na presença de Deus, entretanto, que horrendo será, viver este tempo que nunca terá fim no sofrimento eterno, apartado para sempre do amor, da alegria e da paz de Deus. Pense nisso, peça ao Senhor para iluminar a sua mente sobre isso, e comece agora mesmo a fazer uma preciosa semeadura para a vida eterna!
QUAL É O SEU REAL VALOR?
Nada neste mundo pode alterar a importância que você tem para Deus. Para Ele o valor da sua vida não está ligado a sua aparência, cor, posição social, religião, escolaridade ou em seu sucesso ou fracasso, mas, naquilo que você é, um ser feito à Sua imagem e semelhança. Portanto, lembre-se, que haja o que houver, você é muitíssimo precioso(a) para Deus, um diamante de valor incalculável, então, permita que Ele trabalhe em sua vida para que a beleza deste diamante seja vista por aqueles que estão ao seu redor.
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Por FabioCampos
Não existe doutrina principal para o homem conhecer do que a da salvação. Por vezes penso que o “senso do sagrado” foi perdido por alguns. Tratamos o assunto de uma forma rasa, superficial, sem nenhuma tristeza para com os que se perderam do ponto de vista teológico. Quando o assunto é a alma do homem, precisamos abordar o tema com muito temor; não há como se regozijar na condenação de alguém; pois Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez 18.32). O contrário também é um fato que requer cuidado. Colocar todo mundo no céu [pela doutrina universalista] é roubar a casa do seu dono e dar moradia a qualquer um sem autorização do proprietário. Por isso precisamos de um equilíbrio trazendo o contexto à luz das Escrituras. A salvação no decorrer dos séculos foi apropriada por alguns grupos exclusivistas como sendo seu patrimônio. Muitas seitas disseram no decorrer da história que a salvação depende da conversão do indivíduo ao seu grupo, e que fora da sua religião, não há salvação. O proselitismo é forte dentro destes grupos (fica a dica para se diagnosticar uma seita; o exclusivismo religioso). O Senhor deu uma promessa para Abraão; “por meio de ti todas as nações serão benditas”. Isso foi cumprido na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 1.1-14). Nele não há grego nem judeu (Gl 3.28). Até os dias de hoje os judeus tomaram a eleição para si dizendo serem eles o único grupo que possui a salvação. Para minha surpresa já escutei que “não existe salvação fora do calvinismo”. Que absurdo! John Wesley está no inferno? A igreja católica romana em sua confissão diz que “fora da igreja não há salvação”. O pai da reforma protestante, Martinho Lutero, certa vez, disse que “pode haver salvação fora da igreja, mas não fora de Cristo”. Muitos irmãos ficam de cabelo em pé com esta citação, por isso é necessário entender o contexto e o porquê Lutero disse tal coisa. Cipriano (200-258), um dos pais da igreja, certa vez disse: “Quem não tem a igreja como mãe, não pode ter Deus como Pai, e fora da igreja não existe salvação”. Na teologia de Cipriano quanto à salvação, vemos o início de um sistema penitencial plenamente formado. Eis então que surgem os manuais de penitencias para todo o tipo de pecado dentro das igrejas ocidentais (católicas romanas). Grandes teólogos argumentam que a teologia de Cipriano para unificar a igreja foi extrema demais e que o resultado foi um afastamento do cristianismo apostólico; ou seja, a igreja se institucionalizou segundo os padrões do império Romano. A partir daí, o vigário (substituto) de Cristo já não é mais o Espírito Santo, mas o bispo. Antes era “onde o Espírito estiver ali também estará sua igreja”. O Ensino passou a ser “onde estiver o bispo, ali também estará à igreja verdadeira”. Neste contexto os pré-reformadores lutaram com as Escrituras nas mãos contra este distanciamento do ensino dos apóstolos. Em 1517 Lutero crava suas 95 teses na porta da catedral de Witterberg. Ao invés de usar “Só a igreja”, ele diz “Somente Cristo”. Dentro disso Lutero afirma que a salvação pertence a Deus e está com Cristo, autor e consumador de nossa fé (Hb 12.1-3), e não com a igreja. Agora todos que pela fé receberam a salvação em Jesus Cristo, em um só espírito, foram batizados em um só corpo e lhe foram dados de beber de um só Espírito (1 Co 12.13). Lutero diferenciou a igreja institucional do corpo místico de Cristo. Ou seja, “o Senhor conhece aquele que lhe pertence” (2 Tm 2.19), e no tempo devido, seus anjos, ajuntarão seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu (Mc 13.27). O homem é templo do Espírito Santo e o Reino de Deus está entre eles. Qualquer lugar físico, leitura bíblica, e a exposição dos ensinos dos profetas e apóstolos e o partir do pão com singeleza de coração são frutos da verdadeira Igreja, pois onde dois estiverem reunidos no Seu Nome, Ali Jesus se fará presente. A Bíblia é clara em dizer que “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). Todos estão condenados devido a sua desobediência (Rm 11.32), e que não há um justo sequer (Rm 3.10). Mas Deus enviou Seu Filho a semelhança de homem para condenar o pecado na carne, e todo o que nEle crer, não perecerá, mas já tem a vida eterna (Rm 8.1). O homem pode escapar do julgamento da Eclésia, mas não do trono de Deus (Ap 20.11-15). O julgamento terá um único crivo para a justificação ou para condenação, a saber, Jesus Cristo (At 17.31). Quem crer, não será condenado; quem não crer, este terá a condenação eterna. Quando restringimos a salvação a um grupo institucional estamos dizendo que Deus habita em templos feitos por mãos humanas e depende deles para ser servido. “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas”. (At 17.24-25 NVI) Se for a religião que tem o poder de salvar ou certa denominação, qual então seria a [Igreja] perfeita para poder conferir salvação ao homem? Visto que o corruptível, carne nem sangue, poderão herdar o Reino dos Céus. A igreja no seu organismo institucional é imperfeita e por isso não poderá salvar ninguém. Ela ensina o caminho, mas não é o caminho. Todos os pré-requisitos em como se achegar a Deus foram preenchidos unicamente na Pessoa do Filho de Deus e Deus o Filho, Jesus Cristo (Jo 14.6; 1 Tm 2.5). Nem todo membro de igreja que diz pertencer a Cristo, declarando ser Ele o Senhor da sua vida – os que pregam, expulsam demônios e realizam sinais e maravilhas no seu Nome – de fato, pertencem a Ele (Mt 7.21-23). Para muitos irmãos exclusivistas, caso a igreja de Corinto estivesse entre nós, com os seus erros doutrinários e com sua baixa moralidade, seria uma igreja de pessoas perdidas. O que dizer dos gálatas? E a igreja de Pérgamo, Tiatira e Laodiceia do apocalipse, todas com sérios problemas (Ap 2 – 3)? Imagino-os dizendo: “A única igreja verdadeira é a de Filadélfia, pois nela não se achou erro, e fora dela não há salvação”. A salvação pertence a Deus. Jesus sendo o doador dela [salvação] por ser o salvador dá a quem quiser sem precisar dar satisfação a nenhum de nós, ou alguém se atreve a ser o seu conselheiro? É muito interessante o ensino deste Salvador. Ele dificultou a entrada dos ricos no Reino dos céus dizendo: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus” (Mc 10.23)! Dificultando mais ainda, Ele usa uma figura de hipérbole dizendo ser “mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mc 10.25). Aos nossos olhos muitos queimarão no fogo do inferno. A reação dos discípulos é mesma que a nossa: Os discípulos ficaram perplexos, e perguntavam uns aos outros: “Neste caso, quem pode ser salvo” (Mc 10.26)? Neste momento entra a graça incompreensível de Deus: Jesus olhou para eles e respondeu: “Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus” (Mc 10.27 NVI). Jesus está dizendo não o que o homem considera possível, mas sobre o que parece impossível (27). Para um homem é impossível que o camelo passe pelo fundo de uma agulha, para Deus nada é impossível, pois não existe coisa difícil que possa superar sua sabedoria e misericórdia, a qual triunfa sobre o juízo. Para os judeus os samaritanos eram filhos do diabo e predestinados a condenação eterna. Entra em cena novamente o Salvador, Aquele que venceu a morte e o inferno. Um mestre da Lei O interroga [Jesus] sobre a vida eterna. Jesus diz para ele que cumpra os dois principais mandamentos: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo” (Lc 10.27). O interprete da lei, teólogo e conhecedor profundo do Tanak, não satisfeito e querendo se justificar, disse, “quem é o meu próximo”. Era melhor ele ter ficado quieto. O Salvador ilustra a atitude de um salvo genuíno ao mestre da lei. Um homem tinha sido espancado e assaltado estando praticamente morto. Passou por ele um sacerdote e um levita, homens constantes no templo. Ambos não o socorreram. O terceiro era um SAMARITANO. Pois é, o “endemoninhado” do samaritano foi o perfil que Jesus ilustrou a atitude de um salvo. Este diferente do sacerdote e levita, aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e disse-lhe: ‘Cuide dele. Quando voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’ (Lc 10.34-35). Jesus disse para aquele mestre da lei, “vá e faça o mesmo que fez o samaritano”, pois aquele que de fato é salvo ama a Deus acima de todas as coisas e demonstra este amor amando o próximo como a si mesmo. O samaritano não era muito ortodoxo na teologia, mas na prática demonstrou ter fé que foi comprovada pelas obras. Teremos surpresas no céu! O salvador disse: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus (Mt 8.11); enquanto muitos que se dizem ser do Reino “serão lançados nas trevas exteriores” (Mt 8.12). O que dizer do ladrão na cruz que horas antes estava perdido blasfemando contra o Senhor Jesus. Mas em um momento de lucidez, convencido pelo Espírito, aos 45 minutos do segundo tempo, escuta do Senhor que é autor da Salvação: “Hoje mesmo estará comigo no Paraíso”. Meu Deus, que Deus é esse? Este é o Senhor Jesus! O ladrão na cruz foi justificado não pelas obras de justiça que tivesse feito, mas segundo a misericórdia de Deus (Tt 3.5). Ele nunca pertenceu a uma igreja [ou sinagoga]. Em uma questão de segundos foi inserido na Igreja Verdadeira – aquela que reina pela eternidade, pois um dia para Deus é como se fosse mil anos, e mil anos como se fosse um dia. Não sou a favor do movimento dos desigrejados, pelo contrário. A Bíblia ordena que congreguemos (Hb 10.25) e que pelo dom dispensado pelo Espírito Santo possamos em unidade aperfeiçoar o corpo de Cristo (Ef 4.11). É na congregação que nos ajudamos. Se mantivermos comunhão uns com os outros, o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Congregar é um mandamento bíblico! O salvo faz alguma coisa; ele vive como salvo, digno da sua vocação. Porém, quando concordo com Lutero quando diz que “pode haver salvação fora da igreja”, digo que a pessoa que invocar o nome do Senhor, ainda que em um leito de morte, sem ao menos ter pisado em uma igreja, será salvo (Rm 10.13). O Dr. Martyn Lloyd-Jones na exposição que fez de Rm 8.16 que diz: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”, afirma que “o testemunho do Espírito ao nosso próprio espírito é mais do que o resultado de um processo racional, pelo qual o crente chega à certeza da salvação. Segundo ele, trata-se de uma certeza dada de forma imediata (sem o uso de meios) pelo Espírito, diretamente à nossa consciência”. O Senhor poder trazer a memória do perdido lembranças e ensinos ministrados no decorrer dos anos que poderão ser gemidos pelo Espírito invocando a vontade de Deus que ninguém pereça, mas tenha vida mediante o arrependimento dos pecados. Porém, aqueles que discordam de Lutero precisam explicar em quem mais pode haver salvação se não for em Cristo. O Senhor não se restringe há um espaço de tempo. A mensagem do Evangelho é muito generosa (Jo 3.16) para ser doada por homens que dizem serem eles proprietários dessa salvação. Não estou fomentado que os homens se arrependam no leito de morte. Até mesmo porque estarão perdendo os benefícios ganhos pela comunhão com Deus através de Jesus Cristo: paz, mansidão, bondade, domínio próprio e outras coisas mais. Um salvo em Cristo não consegue ficar fora da comunhão dos santos. Minha questão não é com aqueles que se dizem salvos e não querem congregar. A questão que abordo é quando o indivíduo, no leito de morte, assim como o ladrão na cruz, se arrepende e invoca a Cristo. Não consigo compreender como um salvo fica fora da comunhão dos santos. Algo está errado. Gostei muito de uma frase dita pelo Pastor Ariovaldo Ramos: “A pregação é um departamento dos homens; a salvação é um departamento de Deus”. O papel da igreja é pregar em tempo e fora de tempo, sabendo que quem dá o crescimento é Deus. Nós não temos provas empíricas do que o Espírito Santo tem feito no coração dos homens. Só Ele pode penetrar por Sua Palavra e discernir os pensamentos e as intenções do coração. Nossa obrigação é plantar e regar, porém o crescimento vem de Deus e poderá ser finalizado no último suspiro. A salvação é pela graça, por meio da fé, não vem do homem, mas é um presente gratuito de Deus, para que ninguém se glorie diante dEle (Ef 2.8-9). O mundo será julgado pelo o que Cristo fez. E isso não depende das obras, mas daquele que chama (Rm 9. 11-12). Ele terá compaixão de quem quiser (Rm 9.15). Será inútil e tolo a criatura questionar o criador dizendo: “Nós trabalhamos o dia todo para ganhar o mesmo daqueles que trabalharam apenas uma hora”. Segue a resposta do dono da salvação: “Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom (Mt 20.15)? A salvação pertence a Deus e Ele dará a quem quiser, do modo que achar melhor, e na hora que Ele, pela sua soberana vontade, estabeleceu. Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus (Rm 9.16). Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! “Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? “Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?” Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém. – Romanos 11.32-36 (NVI) Soli Deo Gloria!